É uma doença crônica e hereditária que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. Não é contagiosa e sua causa exata é desconhecida.

A dermatite atópica costuma ocorrer entre pessoas da mesma família, juntamente com a asma ou a rinite alérgica. Pode surgir ou ser desencadeada por substâncias que provocam reações alérgicas, como as presentes nos pelos de animais de estimação; condições ambientais, como roupas que provocam coceira; ou emoções, como o estresse.

Embora o problema permaneça durante toda a vida, os sintomas podem desaparecer à medida em que a pessoa envelhece, mas a pele continuará seca e sensível.

Os sintomas variam de acordo com a fase da doença, podendo ocorrer em três estágios: fase infantil (3 meses a 2 anos de idade), fase pré-puberal (2 a 12 anos de idade) e fase adulta (a partir de 12 anos de idade).

Sintomas:

A característica principal da doença é a pele seca com coceira constante, que pode provocar ferimentos pelo ato de coçar-se.

Áreas secas em placas salientes ou com descamação, principalmente nas dobras da pele.

Em crianças e bebês, aparece geralmente no rosto, nos cotovelos ou nos joelhos e possivelmente em outras regiões do corpo.

Em crianças maiores e em adultos, as lesões localizam-se menos no rosto e mais nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo, atrás do joelho, mãos e tornozelos. São áreas mais secas, escuras e grossas e, em casos mais graves, pode acometer boa parte do corpo.

Tratamento:

Existem diversos medicamentos que ajudam no controle da doença. Há pomadas ou cremes muito eficazes no controle da dermatite atópica que, no entanto, devem ser indicadas e usadas corretamente, com acompanhamento médico, para evitar efeitos colaterais a longo prazo.

Nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de medicações orais. Os ferimentos provocados por coçar a pele podem ser contaminados por bactérias ou vírus, devendo ser tratados pelo médico, com o uso de antibióticos. Alguns casos necessitam de internação hospitalar para controle adequado.

As pesquisas médicas estão trazendo novos tratamentos para melhorar o controle da doença.

Alguns pacientes necessitam ser acompanhados com vários especialistas porque também apresentam problemas como asma, rinite, sinusite e até pneumonias.

Somente o médico pode indicar o medicamento mais adequado para cada caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. É preciso seguir rigorosamente as orientações e jamais se automedicar. Também não se deve interromper o uso do medicamento sem consultar o médico nem tomar doses mais altas ou mais baixas do que foi recomendado.

Prevenção e cuidados com a pele:

– Hidratar a pele todos os dias;
– Usar roupas de algodão ou de tecidos macios, evitando fibras ásperas que provoquem coceira; evitar roupas apertadas;
– Tomar banhos e duchas com água morna, utilizando um sabonete suave ou um produto de higiene sem sabão;
– Secar a pele suavemente com toalha macia, sem esfregar;
– Aplicar um hidratante no máximo 3 minutos depois do banho, para “vedar” a umidade;
– Sempre que possível, evitar mudanças bruscas de temperatura e atividades que provoquem suor;
– Conhecer os fatores que provocam seus sintomas para evitá-los;
– Usar umidificador, caso o tempo esteja seco ou frio;
– Manter curtas as suas unhas (e as de seu filho), para evitar ferir a pele ao se coçar;
– Algumas pessoas com alergias percebem que é útil tirar os tapetes da casa e tratar a caspa dos animais de estimação;
– Se possível, reduzir o estresse de sua vida, fazendo um trajeto mais tranquilo para chegar ao trabalho, procurando um novo emprego, pedindo ajuda em casa, praticando ioga ou meditação;
– Algumas pessoas que sofrem de dermatite atópica são alérgicas a determinados alimentos como, leite, ovos, trigo, soja. Evitar o consumo desses itens pode ajudar;
– Evitar as substâncias irritantes. Elas são encontradas em detergentes, cosméticos, álcool, perfumes. O melhor é utilizar produtos que contém poucas substâncias que possam provocar alergia (hipoalergênicos).

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